Em 2023, o Instituto Pet Brasil (Pib) revelou que o faturamento do mercado pet no país foi de, aproximadamente, R$ 68 bilhões, apresentando um crescimento de 14,2% se comparado ao ano anterior. Em relação ao PIB, a participação desse mercado em 2023 foi de 0,36%.
Assim como o faturamento, o número de empregos formais no âmbito do comércio varejista e serviços também apresentou aumento nos últimos cinco anos. No Brasil, em 2020, havia 81.540 empregos formais pertencentes ao mercado Pet – representando 0,29% do setor terciário no período, porém esse número, no momento (2024), chegou a 107.085 (0,33% do setor terciário). Logo, não somente houve aumento dos empregos formais, como também houve aumento na participação dentro de setor.
Em Minas Gerais, essa tendência se repete – saindo de 9.037 empregos formais em 2020 para 11.738 em 2024, participação essa que representava naquele período 0,33% do setor terciário e, atualmente, representa 0,37% dele.
O Sudeste, em número de empresas ativas desse mercado chega a representar 56,5% do total no Brasil, enquanto o estado mineiro detém 23,4% dessa participação no Sudeste e 13,2% das empresas nacionais, sendo assim um dos estados a possuir mais empreendimento desse tipo de atividade econômica no país.
O segmento de Pet possuía em 2019, ano anterior a pandemia, 4.647 empresas formais. Em 2022, este valor passou para 5.133 estabelecimentos, um crescimento de 10,46%. Em contrapartida, na mesma comparação temporal, o setor do comércio varejista retraiu -14,72%, passando de 255.797 empresas em 2019 para 217.755 em 2022.
No levantamento realizado pela instituição, foi possível observar os tipos de produtos mais vendidos no comércio mineiro, os serviços mais aderidos pelos consumidores – de acordo com os empresários, a adesão do comércio on-line pelos entrevistados, assim como os motivos para não adesão, os canais de vendas pela internet utilizados, entre outras características que fazem esse mercado ser atrativo no estado.
Segundo o levantamento, os pet shops têm ampliado seu mix de produtos e serviços para atender a demanda dos clientes. Entre os produtos mais buscados pelos tutores estão os alimentícios (57,2%); medicinais (33,7%); acessórios para o animal (31,8); higiene (28,9%) e vestimentas (6,4%). Já entre os serviços estão banho e tosa (70,2%); transporte (34,3%); hospedagem (5,4%); passeador de cães (3,5%) e adestramento (1,2%).
Em relação aos serviços veterinários, 34,5% dos pet shops possuem este tipo de atendimento, dos quais 29,8% atendem a todos os tipos de animais. “Embora aproximadamente 1/3 dos pet shops possuam atendimento veterinário, esta é uma oferta de produto que pode gerar um diferencial para os clientes. Acrescido a isso, há também a oferta de planos de saúde para os pets, que é oferecida por 1,1% dos pet shops mineiros. Apesar de ainda pequeno, esse mercado segue em expansão e atento a uma rotina de cuidado crescente por parte dos tutores”, explica Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.
Os empresários do setor se atentam também a diferenciação no atendimento dos seus clientes. Entre os principais diferenciais oferecidos encontram- -se os programas de fidelidade (33,9%); programas de assinatura (16,9%); desconto no mês de aniversário do pet (13,6%) e banhos terapêuticos (3,4%). Segundo o levantamento, 35,0% dos pet shops já adotaram as vendas online, enquanto 57,8% ainda não embarcaram nesse modelo e 6,3% manifestam intenção de fazê-lo.
Entre os motivos que retardam a adesão ao comércio eletrônico, destacam-se a falta de interesse, o porte pequeno das empresas e a escassez de tempo. Entretanto, é importante ressaltar que a maioria dos estabelecimentos que planejam ingressar nesse setor pretendem fazê-lo em um prazo de até 12 meses.
Os canais online mais utilizados pelos pet shops que já adotaram as vendas pela internet são o Whatsapp e as redes sociais, evidenciando uma preferência por plataformas de comunicação instantânea e interação social. Dessas vendas online, 53,7% correspondem a até 20,0% do faturamento total dos estabelecimentos.