Dois homens de Belo Horizonte morreram durante uma perseguição policial no Rio de Janeiro. Os mineiros, identificados como Thiago Henrique Medeiro Figueiredo, de 29 anos, e Diego Ferreira Amaral, de 27, estavam em um veículo Ônix vermelho, com placa de Jaíba, no Norte de Minas, e com um adesivo na parte traseira de uma revendedora de carros de Montes Claros.
A perseguição durou mais de 27 quilômetros, seguida de capotamento da viatura e do Ônix na madrugada dessa quarta-feira (22/5), no Jardim Botânico, na Zona Sul da capital fluminense. Além dos suspeitos, morreram na perseguição os soldados Bruno Paulo da Silva, de 38 anos, e Bruno William Batista de Souza Ribeiro, de 30, que eram lotados no Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE).
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Thiago e Diego eram investigados por homicídio e tráfico de drogas pela Polícia Civil de Minas Gerais. Contra Thiago, haviam dois mandados de prisão pendentes. Em abril de 2023, o suspeito fugiu do Presídio de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, e dias depois a Justiça emitiu o primeiro mandado de prisão contra ele, que ainda estava em aberto, para que ele pudesse ser recapturado. O segundo mandado foi expedido no dia 15 de fevereiro deste ano em razão de um homicídio.
Já Diego é investigado, junto com outros cinco suspeitos, de participar da morte de Júlio César Ferreira, assassinado em 2016. A vítima e os suspeitos eram amigos e haviam, juntos, tomado posse de duas chácaras em Esmeraldas, na Grande BH. Segundo a denúncia do Ministério Público, Júlio decidiu morar em um dos terrenos, contrariando os demais amigos, que desejavam vender as terras. A vítima chegou a acordar a compra, mas os envolvidos discutiram e o grupo decidiu matar Júlio com um tiro no rosto.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o carro em que Thiago e Diego estavam vai passar por uma perícia. Os investigadores querem descobrir se o veículo é clonado. Na tarde de quarta-feira (22/05), familiares dois homens mortos durante a perseguição policial compareceram ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, para fazer o reconhecimento dos corpos.