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Caçada às motos de infratores tem até rastreamento aéreo

Todas as portas vão sendo fechadas pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) contra os motociclistas infratores que participam do chamado “rolezinho do grau”.

Todas as portas vão sendo fechadas pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) contra os motociclistas infratores que participam do chamado “rolezinho do grau”. Segundo a corporação, o lançamento nessa quarta-feira (27) da operação de combate aos crimes de perturbação do sossego e direção perigosa – além de outros – cometidos pelos motociclistas conta com um “sistema de policiamento em conjunto”, que une a ampliação de efetivo nas ruas a ações de levantamentos de inteligência, cruzamentos de dados de infratores, identificação de eventos ilegais, posicionamento estratégico de forças nos percursos dos criminosos, capacidade de deslocamento ágil para abordagem com a utilização de viaturas de duas rodas e monitoramento aéreo.

Esse cerco contará ainda com o incremento dos efetivos policiais, sobretudo à noite, que é quando os infratores têm mais espaço para fazer suas manobras arriscadas e produzir os sons ensurdecedores das motos alteradas para serem ainda mais ruidosas. Durante o dia a operação contará com 300 militares específicos.

As infrações e crimes que infernizaram o Natal dos mineiros serão monitoradas e reprimidas pela operação até o Ano-Novo. Entre a véspera do Natal (24/12) e a data do feriado (25/12) a PM informou ter recebido 12 mil ligações em todo o estado, sendo 2 mil referentes a perturbação do sossego e direção perigosa relacionados aos rolezinhos do grau. O volume corresponde a cerca do dobro esperado.

“O que era para ser um Natal muito tranquilo deixou de ser em função da irresponsabilidade de criminosos que se uniram para fazer baderna. Mas a PM agiu rapidamente”, afirma o diretor de operações da PM, coronel Flávio Godinho. De acordo com o militar, a resposta em todo estado contra os rolezinhos resultou em 1.500 apreensões de motocicletas, sendo que mais de 100 pessoas foram detidas.

O diretor da PMMG afirma que foram identificados dois perfis de infratores. Aqueles que organizam e os que acabam levados a acreditar que participam de um passeio ou movimento social. “As lideranças desse grupo utilizam as redes sociais para fazer esse aglomerado de motocicletas e saem com a intenção de cometer crimes. Os demais acreditam que estariam participando de um encontro de motos. Muitas dessas lideranças foram encontrados portando armas de fogo e envolvidas em situações criminosas. A gente faz um apelo para que as pessoas que têm motocicletas não se iludam com as promessas dessas pessoas e não se juntem a elas pois estarão participando de crimes”, afirma.

A base para a montagem da operação vem do sistema de inteligência da PMMG. “Diversas placas de motos foram identificadas em rolezinhos do grau e já estão sendo analisadas e identificadas. Analisamos vídeos e acompanhamos as movimentações pelas redes sociais. Sabemos de onde saem, a quem pertencem, para onde vão e muitas outras informações. Após essa operação, em conjunto com outros órgãos de segurança pública, nós iremos localizar essas pessoas e a Polícia Civil e o Ministério Público poderão responsabilizá-las para que respondam pelos crimes infrações que cometeram”, afirma o coronel Godinho.

Munidos dos cruzamentos de infratores com as vias e trajetos mais utilizados e, ainda, com o acompanhamento das postagens das redes sociais, o policiamento tentará se instalar antes nesses locais para inibir as infrações. “A inteligência é fundamental. Com essas informações ocupamos o espaço por onde estarão de forma antecipada. Com as viaturas de quatro rodas e tendo as motos também para ter a mesma capacidade de deslocamento dos infratores. O policiamento aéreo aumenta a nossa capacidade de monitoramento e tudo age nesse sistema de policiamento em conjunto”, explica o capitão Pedro Henrique Barreiros, comandante do Grupo Tático Rodoviário (GTR) da polícia Militar Rodoviária (PMRv).

Condutores cometem infração no trânsito

A comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), tenente-coronel Cláudia Godinho afirma que não há vias públicas onde os rolezinhos possam ser realizados. “Não há uma abertura para a pessoa fazer esses tipos de manobras nas vias públicas, nem mesmo se estiverem vazias. Todos os condutores que participam desses eventos não permitidos podem cometer infração gravíssima que tem como medida administrativa a remoção do veículo e multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir”, afirma.

“Se além de participar, a pessoa realizar corrida, disputa, manobras que possam colocar em risco a segurança, ele comete crime. Se o condutor dirigir acima da velocidade permitida pela via em local de grande movimentação e concentração de pessoas ele também comete crime de ameaça de dano. Outras infrações comuns são motociclistas sem capacete. Passageiro sem uso de capacete, utilizar a descarga livre para fazer barulho, levantar a placa da moto ou tampar a placa”, cita algumas infrações e crimes a comandante do BPTran.

Nas abordagens que geraram 1.500 apreensões de motos e 100 detenções de suspeitos, outros crimes também foram cometidos. Segundo a PMMG, há registros de adulteração veicular, furtos e roubos motocicleta, receptação de motos roubadas, pessoas armadas sem porte, vários suspeitos com mandados de prisão em aberto.

Nas abordagens aos infratores, o diretor de operações da PMMG, coronel Flávio Godinho, afirma não ser raro a utilização das motos para atingir os policiais. Nesse caso, entre as estratégias, os militares podem utilizar armamentos menos letais como as balas de borracha, taser (armas de choque incapacitantes) e bombas de gás lacrimogêneo, antes de utilizar armas de fogo para defender a sua integridade.

“Os policiais militares têm o treinamento e os equipamentos necessários para se defender caso os infratores utilizem as motos como armas, bem como para defender também as pessoas que transitam por essas vias, muitas vezes com as suas famílias e que também estão sob o risco desses infratores”, afirma Godinho.

O diretor da PMMG esclarece que as pessoas que circulam normalmente em motos para trabalhar ou até mesmo transporte próprio e de familiares não serão constrangidos pelos cercos aos rolezinhos. “A PMMG sabe identificar quem são as pessoas utilizando as motocicletas para o cometimento de crimes e quais as que as utilizam como meio de transporte e de trabalho. Não é uma operação para sair abordando e prendendo qualquer pessoa que esteja utilizando uma motocicleta”, garante

Caçada às motos de infratores tem até rastreamento aéreo
Operação preventiva de trânsito voltada ao combate à direção perigosa e à perturbação do sossego

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